quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O Amor não escolhe tamanhos


Já há muito tempo que ando para escrever sobre este assunto, mas é sempre difícil falar de uma coisa tão pessoal, quer seja boa quer seja má, não há boa ou má altura, achei apenas que era a certa.
Quando somos gordinhas, ou temos qualquer diferença, sabemos que mesmo que gostemos de nós, a maioria das pessoas pode não gostar ou não se sentir atraída. Infelizmente é assim, muitas vezes corresponde-se a um estereotipo de que a mulher bonita é a mulher magra, com umas boas ancas, mas nem todos seguem esse pensamento.
É por isso que o amor não escolhe tamanhos.
No amor, não interessa qual o nosso número de calças ou de camisola vestimos, não interessa se pesamos muito, se pesamos pouco.
Apercebemo-nos que as nossas estrias ou as nossas banhas são apenas uma característica nossa, que não é relevante, que só estão ali por estar e que a outra pessoa nem sequer repara nelas.
Não interessa se conseguimos correr muito ou pouco, se ressonamos ou não conseguimos fazer o pino, não interessa se conseguimos aguentar-nos a noite toda nuns saltos agulha.
No meu caso, sempre gostei de mim, mas tinha consciência que podia não encontrar, ou o mais provável era não encontrar alguém que goste de mim e do meu corpo em igual, enganei-me felizmente.
E com isso aprendi que as princesas também podem ter uns quilos a mais, que a nossa sensualidade é apreciada, que podemos vestir aquele vestido preto para agradar não só a nós, mas também à nossa cara metade.
Sentimo-nos seguras quando ouvimos um “gosto de ti como tu és” “para mim és bonita de qualquer maneira” “estás tão linda hoje”.
Aprendemos que a nossa mão não é demasiado gorda para ter uma entrelaçada, que podemos ser agarradas ou colo ou até podemos sentar ao colo de alguém.
Aprendemos que às vezes as preconceituosas somos nós, por acharmos que não é normal um homem bonito se apaixonar por nós.
Aprendemos a encaixar na nossa cabeça que não passamos de uma mulher comum pela qual um homem se apaixona e que não há nada de errado ou invulgar nisso.                                                                                               
Por isso mesmo e por experiencia própria escrevo sobre isto, porque é verdade, o amor existe nos variados tamanhos e feitios, não interessa o quanto, gordas ou magras somos, interessa aquilo que se sente e aquilo que sentem por nós.
existe a pessoa que aceita as nossas inseguranças, os nossos medos, existe a pessoa que mesmo que não seja como nós, pensa como nós. que o amor é do tamanho do mundo e não do tamanho de um corpo.
E o amor que eu tenho pelo meu amor, e o amor que ele tem por mim é maior que qualquer curva ou estria que tenho no meu corpo.

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