Já há muito tempo que ando para escrever
sobre este assunto, mas é sempre difícil falar de uma coisa tão pessoal, quer
seja boa quer seja má, não há boa ou má altura, achei apenas que era a certa.
Quando somos gordinhas, ou temos
qualquer diferença, sabemos que mesmo que gostemos de nós, a maioria das
pessoas pode não gostar ou não se sentir atraída. Infelizmente é assim, muitas
vezes corresponde-se a um estereotipo de que a mulher bonita é a mulher magra,
com umas boas ancas, mas nem todos seguem esse pensamento.
É por isso que o amor não escolhe
tamanhos.
No amor, não interessa qual o
nosso número de calças ou de camisola vestimos, não interessa se pesamos muito,
se pesamos pouco.
Apercebemo-nos que as nossas
estrias ou as nossas banhas são apenas uma característica nossa, que não é
relevante, que só estão ali por estar e que a outra pessoa nem sequer repara
nelas.
Não interessa se conseguimos
correr muito ou pouco, se ressonamos ou não conseguimos fazer o pino, não
interessa se conseguimos aguentar-nos a noite toda nuns saltos agulha.
No meu caso, sempre gostei de
mim, mas tinha consciência que podia não encontrar, ou o mais provável era não
encontrar alguém que goste de mim e do meu corpo em igual, enganei-me
felizmente.
E com isso aprendi que as
princesas também podem ter uns quilos a mais, que a nossa sensualidade é
apreciada, que podemos vestir aquele vestido preto para agradar não só a nós,
mas também à nossa cara metade.
Sentimo-nos seguras quando
ouvimos um “gosto de ti como tu és” “para mim és bonita de qualquer maneira” “estás
tão linda hoje”.
Aprendemos que a nossa mão não é
demasiado gorda para ter uma entrelaçada, que podemos ser agarradas ou colo ou
até podemos sentar ao colo de alguém.
Aprendemos que às vezes as
preconceituosas somos nós, por acharmos que não é normal um homem bonito se
apaixonar por nós.
Aprendemos a encaixar na nossa
cabeça que não passamos de uma mulher comum pela qual um homem se apaixona e
que não há nada de errado ou invulgar nisso.
Por
isso mesmo e por experiencia própria escrevo sobre isto, porque é verdade, o
amor existe nos variados tamanhos e feitios, não interessa o quanto, gordas ou
magras somos, interessa aquilo que se sente e aquilo que sentem por nós.
existe a pessoa que aceita as
nossas inseguranças, os nossos medos, existe a pessoa que mesmo que não seja
como nós, pensa como nós. que o amor é do tamanho do mundo e não do tamanho de
um corpo.
E o amor que eu tenho pelo meu
amor, e o amor que ele tem por mim é maior que qualquer curva ou
estria que tenho no meu corpo.
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