terça-feira, 14 de março de 2017

A passagem para os 24...

 A casa dos 20 é a mais importante fase da nossa vida, é a década onde passamos de crianças para adultos, onde deixamos a faculdade, trabalhamos, trocamos as discotecas pela lareira, os bares pelo sofá, o gin pelo chá quentinho, mas mais importante que isso a nossa mentalidade muda muito.
Posso dizer que no meu caso, senti que a passagem dos 23 para os 24 foi um despertar. Finalmente senti que a minha personalidade e mentalidade estavam estáveis e que dificilmente sofreram grandes mudanças.
Essas mudanças já foram feitas.
 Mas como estava dizer, esta passagem, ou seja este ultimo ano mudou-me muito, mas muito mesmo, deixei de ter tanta paciência e tanta compreensão. há quem pense que com isto posso ser arrogante, mas para mim está óptimo. 
 Passei a ter tolerância zero a certo tipo de assuntos: pessoas que se metem na minha vida, que tentam criar atritos comigo e com outros, mesquinhices, pessoas que se tentam meter no meu relacionamento, pessoas que demonstram a sua opinião sem ser pedida, pessoas que me tentam faltar ao respeito, pessoas que não se sabem por no seu lugar, entre tantos exemplos e quando digo tolerância zero, digo mesmo zero, não deixo uma migalha que seja passar impune, se for necessário elimino a pessoa da minha vida.  Chamem-me o quiserem, mas os 24 fazem com que queira dormir com a cabeça descansada, sem a mínima formiga a chatear-me, por isso hoje olho para trás e vejo que existem tantas pessoas que fizeram parte da minha vida mas já não fazem e ainda bem. Isto pode ser o cliché dos pensamentos, mas eu ponho mesmo em prática, tenho lá eu paciência para viver rodeada de pessoas tóxicas,  principalmente pessoas que não tem vida e que se entretêm com a vida dos outros, alem de que aprendi uma coisa muito importante, não podemos resolver os problemas dos outros nem agradar a toda a gente, é a lei da vida, vale mais aceitar isso do que tentar chegar a todo lado e fazer borrada.
 A essência de viver bem e com as pessoas certas é mais que caminho para vivermos bem, rodear-nos do que nos faz bem e de boas energias só nos traz coisas boas e é com essas coisas boas que quero viver, que venham mais 24 <3 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O Amor não escolhe tamanhos


Já há muito tempo que ando para escrever sobre este assunto, mas é sempre difícil falar de uma coisa tão pessoal, quer seja boa quer seja má, não há boa ou má altura, achei apenas que era a certa.
Quando somos gordinhas, ou temos qualquer diferença, sabemos que mesmo que gostemos de nós, a maioria das pessoas pode não gostar ou não se sentir atraída. Infelizmente é assim, muitas vezes corresponde-se a um estereotipo de que a mulher bonita é a mulher magra, com umas boas ancas, mas nem todos seguem esse pensamento.
É por isso que o amor não escolhe tamanhos.
No amor, não interessa qual o nosso número de calças ou de camisola vestimos, não interessa se pesamos muito, se pesamos pouco.
Apercebemo-nos que as nossas estrias ou as nossas banhas são apenas uma característica nossa, que não é relevante, que só estão ali por estar e que a outra pessoa nem sequer repara nelas.
Não interessa se conseguimos correr muito ou pouco, se ressonamos ou não conseguimos fazer o pino, não interessa se conseguimos aguentar-nos a noite toda nuns saltos agulha.
No meu caso, sempre gostei de mim, mas tinha consciência que podia não encontrar, ou o mais provável era não encontrar alguém que goste de mim e do meu corpo em igual, enganei-me felizmente.
E com isso aprendi que as princesas também podem ter uns quilos a mais, que a nossa sensualidade é apreciada, que podemos vestir aquele vestido preto para agradar não só a nós, mas também à nossa cara metade.
Sentimo-nos seguras quando ouvimos um “gosto de ti como tu és” “para mim és bonita de qualquer maneira” “estás tão linda hoje”.
Aprendemos que a nossa mão não é demasiado gorda para ter uma entrelaçada, que podemos ser agarradas ou colo ou até podemos sentar ao colo de alguém.
Aprendemos que às vezes as preconceituosas somos nós, por acharmos que não é normal um homem bonito se apaixonar por nós.
Aprendemos a encaixar na nossa cabeça que não passamos de uma mulher comum pela qual um homem se apaixona e que não há nada de errado ou invulgar nisso.                                                                                               
Por isso mesmo e por experiencia própria escrevo sobre isto, porque é verdade, o amor existe nos variados tamanhos e feitios, não interessa o quanto, gordas ou magras somos, interessa aquilo que se sente e aquilo que sentem por nós.
existe a pessoa que aceita as nossas inseguranças, os nossos medos, existe a pessoa que mesmo que não seja como nós, pensa como nós. que o amor é do tamanho do mundo e não do tamanho de um corpo.
E o amor que eu tenho pelo meu amor, e o amor que ele tem por mim é maior que qualquer curva ou estria que tenho no meu corpo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

De mulher para mulher

As mulheres são más umas para as outras...
Não se respeitam, invejam-se, humilham-se agridem-se, mandam indirectas, provocam-se, destroem-se...
As mulheres são más umas para as outras, arranjam a forma de sair por cima, criticam-se nas costas e toda uma série de coisas más...
As mulheres são más umas para as outras e isto é uma verdade absoluta.
Não existe o respeito de mulher para mulher, esse respeito, existente em tempos deu lugar a competição, a ousadia, a provocação...
As mulheres não respeitam o espaço, não respeito o tempo, não respeitam a posse, não conseguem perceber de mulher para mulher e colocar-se no mesmo papel, não pensam na outra, as mulheres tentam sim ainda provocar mais, ainda desrespeitar mais, ainda ferir mais...
Talvez as amigas não, a amiga protege,  apoia, confia, e dá a mão...
Mas depois há a amiga do namorado, a amiga da amiga, a amiga do amigo...
Antes de ser de mulher para mulher é de amiga para amiga, isso já é um elo mais forte que a intriga e a maldade dificilmente corrompe...
De mulher para mulher o caso muda de figura, vamos lá provocar e desrespeitar e falar mal...
De mulher para mulher a coisa complica-se, o respeito perde-se, as crenças vão-se...
De mulher para mulher a guerra começa, a ousadia cresce e a ira aparece....

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Capitão Falcão e a tour internacional

É já no dia 02 de Setembro, no festival de Cinema de Montreal, que o filme Capitão Falcão dá inicio à sua digressão mundial. 
Este filme realizado por João Leitão passara por países, como, México, EUA, Reino Unido, Romênia e República Checa.

De acordo com o site Notícias ao minuto, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual, foi o filme mais visto no primeiro semestre do ano.

Esta produção, que abriu o festival IndieLisboa 2015, tem a previsão para o lançamento do DVD em Dezembro deste ano, como o próprio realizador declarou, no Facebook. 

Opinião pessoal, quem não viu, não deixe de ver esta fantástica comédia de João Leitao, que mais uma vez provou a excelente qualidade do cinema Português.

Aqui fica o trailer para quem ainda não viu

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Fashion.1

Já me aconteceu muitas vezes, as pessoas me perguntarem onde compro a minha roupa, porque se torna complicado encontrar roupas Plus Size, portanto decidi criar esta rubrica de moda de forma a poder ajudar aquelas mulheres que tal como eu tem uns quilinhos a mais, mas que gostam de se vestir bem.

Portanto, a maioria da minha roupa é comprada na H&M. Existe na H&M do Chiado, uma secção plus size que tem uma seleção de roupa para além de acordo com as tendências da moda e muito diversificada.

Exitem também a Boutique da Tereza, que para além da roupa ser plus size, é giríssima, e também podemos fazer compras online.

O grande site de venda online La Redoute, tem uma grande variedade de roupas de tamanhos grandes, para todos os gostos, de várias marcas, acessível a toda a gente.

Além destas três lojas, também é possível comprar algumas peças nas lojas C&A, Primark e também na Mango.



H&M






Boutique da Tereza





La Redoute



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

AS MIL E UMA NOITES, de Miguel Gomes

É já na próxima quinta-feira, dia 27 de Agosto, que chega às salas de cinema o primeiro Volume do filme AS MIL E UMA NOITES, do realizador Miguel Gomes.

Este projeto, chega-nos pelas mãos da produtora O Som e a Fúria, será divido em três volumes, com data de estreia para 27 de Agosto, 24 de Setembro e 1 de Outubro deste ano, esta obra  mostra-nos a situação de um Portugal em crise que vai servir de tema para as histórias que Xerazade conta ao rei.

O filme tão aguardado tem o site http://www.as1001noites.com/ ,  onde é possível  encontrar uma explicação do conceito do filme, algumas imagens da rodagem, e algumas realidades do nosso país.

Miguel Gomes,cineasta Português, formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, realizador dos conhecidos filmes Tabu e Aquele Querido Mês de Agosto, chega-nos agora neste novo registo, para nos levar numa viagem pela realidade de um Portugal fragilizado pela situação financeira em que se encontra.

Aqui fica o trailer:


quarta-feira, 20 de maio de 2015

My kind of friendship

Bem pela primeira vez vou escrever o texto que tenho andado para escrever há muito tempo. O meu único problema padeceu-se no problema de nunca ter conseguido encontrar uma estrutura que definisse esta temática, até que me apercebi que este tema não tem definição, é demasiado abrangente para conseguir descreve-lo de uma só forma, portanto vou escreve-lo da única forma que conheço, a minha!
Este é sem dúvida um dos principais fundamentos de nós como pessoas, como cidadãos, como humanos, é algo que pra mim é intrínseco há minha própria existência, falo eu então da Amizade.
Pra mim é a amizade tem apenas a particularidade universal de ser a relação pessoal que mantemos com pessoas, apenas porque queremos (fora namorados, família, colegas de trabalho/faculdade, etc).
Nós não somos obrigados a relacionarmo-nos com uma pessoa afetivamente, considera-la nossa amiga se não quisermos, podemos manter uma relação cordial apenas para mantermos o civismo, nada mais que isso.
Portanto vou falar do que me leva a mim a manter uma relação de amizade com todos os meus amigos.
Primeiro, acima de tudo porque todos os meus amigos tem personalidades diferentes, que completam. Eu preciso de um bocadinho de cada um, preciso de cada um deles de diferentes formas, nenhum deles é substituível, nem nunca será.
Depois porque eu tenho um feitio muito complicado, e reconheço-o claramente.
E estes dois pontos de partida faz com que existam pessoas tão essenciais na minha vida que eu já não me consigo imaginar sem elas.
Mas ainda não respondi o que para mim é a amizade.
 Portanto para a mim a amizade é nada mais, nada menos do que ter um ombro para chorar, ter alguém que nos liga a dizer “estou na tua casa em 5 minutos”, ter alguém que nos dá na cabeça quando fazemos porcaria, ter alguém que mesmo estando longe fisicamente está sempre perto, alguém que nos sabemos que ligamos a qualquer hora e teremos essa pessoa ao nosso lado em minutos, alguém que nos protege, alguém que nos vai buscar a casa porque temos medo de sair à noite sozinhas, alguém que se lembra de nós por tudo e por nada, alguém que sabe todos os nossos tiques, expressões e manias, alguém que faça muitas vezes os papeis de pai, mãe, irmão, irmã, namorado, que nos ajuda a estudar mesmo que não perceba nada da matéria, que nos diz que vai correr tudo bem mesmo quando sentimos que o mundo vai desabar, e também alguém que nos próprios queremos cuidar, proteger fazer feliz, alguém que está sempre no nosso coração e que nos queremos muito que esteja bem, que nunca queremos magoar de propósito e que nos faça sentir frustrados porque faz porcaria, alguém que cuidados como se fossem nossos filhos, que amamos como se fossem nossos irmãos e que respeitamos como nossos pais.
Eu tenho isto tudo de cada um dos meus amigos, cada um com o seu feitio, com a sua personalidade, com os seus defeitos, contribuem para que eu seja uma pessoa mais completa, mais tolerável, mais inteligente e mais feliz.

E para terminar como diz Francis Bacon “Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto”.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O peso do silêncio

Não poderia deixar passar esta situação sem falar dela. Gosto de fazer comparações, apesar de existirem coisas incomparáveis, mas o bullying é para mim um contexto geral, e que a única definição é magoar outra pessoa só porque sim.
Não percebo sequer o que vai na cabeça das pessoas que o praticam, por mais que tente é injustificável, não aceito tal crueldade.
Na altura em que eu era mais nova também eu sofri desse mal. Na altura nem sequer existia a palavra bullying, chamava-se “gozar”.
Eu era a dita menina gorda, que chamavam de tudo e mais alguma coisa. Ouvia piropos quando passavam por mim na escola. Por incrível que parece eram sempre as mesmas pessoas, e a gravidade da minha situação é que eu achava que o problema era, eu é que era gorda, eu é que era diferente das outras pessoas, vivia num meio pequeno, pouco ou nada sabia do mundo, sentia que pertencia a outro planeta, na minha cabeça eu era uma aberração, porque os outros gozavam comigo, chegou a haver mesmo situações em que me empurravam, que davam chapadas, ou os meus amigos que me defendiam eram agredidos.
Mas paralelamente a ser se agredido é a vergonha, nós temos vergonha de passar por isso, naquela altura para admitir que sofria de bullying eu tinha que admitir que não era normal, que não era igual aos outros. Eu tinha vergonha de ser eu, de ir para a escola, de passar nos sítios onde essas pessoas, eles gozavam e eu não respondia, baixava a cabeça, por dentro sentia me revoltada, comigo, com o mundo, culpava os meus pais, culpava me a mim própria, culpava tudo a minha volta.
Até que mudei de lugar, de casa, de vida, de mim própria, e ai percebi que existiam outras pessoas, outras ideias, outras tolerâncias, outras pessoas como eu, outras pessoas diferentes com outras diferenças.
Ao longo do tempo tenho reconhecido que a diferença não tem que ser vista como uma coisa negativa. Eu não tinha nada de mal, eles é que tinham, todos os praticantes de bullying é que tem, eles é que são diferentes, eles é que são maus.
Isto tudo para dizer que todas as pessoas que sofrem de bullying tem medo, tem vergonha, querem esconder, porque por momentos sentem que o problema é deles.
É preciso uma grande aceitação das pessoas ao nosso redor para nós percebermos que o que nos fazem não está correto. Quando alguém nos chama “gordo” ou “preto” ou “maricas” e alguém próximo de nós diz “não ligues”, não é de todo o mais correto porque só nos dá a sensação que quer dizer “come e cala-te”. Nós precisamos pessoas que nos defendam, que lutem por nós, que se manifestem, se se calarem estão a ser pior que nós. Não nos deixem ouvir e calar, não nos deixem baixar a cabeça, façam com que sejamos mais fortes que a própria força.
Não queria acabar este texto sem agradecer às pessoas que fizeram das minhas palavras as deles, que se manifestaram, que me defenderam que deram a cara por mim que me ajudaram a perceber que eu não sou normal, sou especial, e que o ser diferente por vezes é bom, eu hoje sou forte com o que aprendi e com as pessoas que me ensinaram que os obstáculos são sempre contornáveis!

Um muito obrigado.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O peso de uma saia travada

Já há muito não escrevo, eu sei que vocês me odeiam por isso, mas juro que é por falta de tempo.
Vocês sabem também, que a minha especialidade é falar de gordura, não sei se é por experiencia propria, se é porque gosto, se á a junção das duas coisas.
 Hoje venho-vos falar de preconceito, sei que já falei sobre isto, mas há muitas maneiras de falar sobre ele, e hoje é de uma forma diferente daquela que ja falei.
 Quantas de vocês, raparigas gordinhas, muitas vezes deixaram de usar uma peça de roupa, porque os outros iam gozar convosco /não gostar de vos ver? Quantas vezes pensaram comprar um vestido, mas pensaram "Oh não tenho corpo para isso!"?
Pois é já aconteceu a todas nós, não só às gordas, mas também a muitas magras ( e a muitos homens também).
 Realmente somos muito influenciados pelo que os outros dizem, pelo que os outros pensam, para muitas a opinião dos outros é que conta. Por exemplo, quando gostamos de uma peça de roupa que queremos usar, e ouvimos alguma crítica negativa sobre como ela nos fica, mesmo sendo de algum amigo ou da nossa própria mãe, mesmo que achemos que nos fica bem, perdemos a confiança para usar essa mesma peça.
 Sabem o que vos digo? Que se vão lixar.
 Conhecem aquela frase feita que é "não há pessoas feias, há apenas gostos diferentes"? O mesmo se aplica às coisas, o que conta é a nossa própria opinião, não só no sentido de nos estar-mos a foder para o que os outros dizem, mas também pelo facto de, como dizem o Bob Dylan diz "eu só posso ser eu mesmo, seja eu quem for".
 A única coisa que nos resta quando tudo o resto de vai embora, somos nós mesmos.
 Entendem o que vos estou a tentar transmitir?
 A única coisa que nasce e morre connosco é a nossa própria opinião, e é ela que devemos atender. Não só para sermos nós próprios, mas também para sermos independentes e ter self love.
 Usem e abusem do que querem usar, sejam homens ou mulheres; usem vestidos curtos, pintem o cabelo, usem kilts usem cores, roupa justas, o que quer que vos apeteça e claro, que achem que vos fica bem. Nada valerá mais que a vossa própria opinião.
 Quanto a mim, como sempre, vou usar e abusar das saias travadas, porque adoro-as e acho que me ficam bem, vou usá-las até me cansar e ser feliz à minha própria imagem. Quanto a vocês desejo-vos liberdade e felicidade.
 Bem Haja.

Inês da Silva

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A gordura e outras drogas

Bem a minha assiduidade com o blog é contestável. Tenho deixado esta merda para trás e não tenho dado àqueles que me lêem, e que me gostam de ler, mais um texto para saborearem.
Enfim...
Hoje venho falar-vos sobre um tema muito actual e comum: As dietas.
Bem, na verdade, muitas pessoas dirão que maioritariamente só sei falar disto, mas como tudo é "uma questão de peso", tou me a cagar para elas porque tenho mais que fazer.
A frase mais comum que se ouve da boca de uma mulher é " não consigo fazer dieta". Na realidade esta frase ouve-se muitas mais vezes da boca de uma pessoa magra, do que de uma gorda, mas esse será um tema que irei discutir mais tarde, noutro hora e noutro texto.
Pois é, a verdade é que nunca se ouve essa mesma frase saída da boca de uma pessoa gorda, porque uma pessoa gorda não consegue fazer dieta (e quando falo, há sempre excepções à regra, mas como digo sempre, temos que avaliar o todo pela parte, e não a parte pelo todo). É verdade, uma pessoa gorda não consegue fazer dieta, senão não seria gorda, seria magra.
Vejamos...
Já pensaram que a comida pode ter efeito numa pessoa como a droga?
Ora bem, quando uma pessoa se vicia em droga, necessita dela para se sentir bem, alias, não consegue viver sem ela. O mesmo acontece com a comida, há pessoas que não conseguem viver sem passar a vida a comer, aliás comem para se sentir bem, e não porque tem fome. A diferença entre ambas são as consequências, por exemplo, existem pessoas que comem que nem cavalos e não engordam nada (devem passar a vida na sanita, claro, mas isso não sei, porque não tou a ver), outras que até nem comem assim tanto e que estão gordas que nem umas vacas. E quanto às drogas sabemos que o seu consumo em excesso, fará mal a toda a gente, gorda ou magra, sem excepções à regra.
Também se poderiam questionar e dizer "ah e tal, mas a excessiva vontade de comer de algumas pessoas é diagnosticado como uma doença", e ai eu digo-vos que descobri à  pouco tempo que há certas pessoas que tem genes "chamativos" ao consumo de drogas.
Bem...
A questão é muito simples, as pessoas não são gordas porque querem, não andam a encher o bandulho porque querem ficar quadradas, assim como os toxicodependentes não são drogados porque querem andar com os braços todos espetados. E é esta realidade que a nossa sociedade não vê, que prefere criticar em vez de tentar compreender.
Secalhar em vez de muitas criticar-mos e excomungar-mos, tentasse-mos compreender, havia muitos menos quilos nas balanças e muitas menos seringas nos braços.